Sonegação de bandas pode ser de R$ 500 mi, diz PF; Aviões do Forró é investigado
Polícia
e Receita deflagraram operação 'For All' na manhã desta terça.
Fisco detectou disparidade ao cruzar cachês, nº de shows e valor declarado.
As fraudes no Imposto de Renda investigadas pela Polícia Federal (PF) e a Receita em um dos maiores grupos empresariais de forró do país podem chegar a R$ 500 milhões, segundo divulgou a PF em coletiva nesta terça-feira (18). Pelo menos quatro bandas administradas pela A3 Entretenimento são investigadas, entre elas a Aviões do Forró.
O grupo alvo da operação "For All",
deflagrada nesta manhã, é responsável por famosas bandas de forró e casas de
show no Ceará. Segundo a PF, as bandas declaravam apenas 20% do que ganhavam.
Aviões do Forró
A reportagem, por e-mail, a banda Aviões do Forró informou "que está à disposição da Polícia Federal e da Justiça e que colaborará com todos os questionamentos em relação à operação".
A banda Aviões do Forró informou que a agenda de
shows do grupo segue inalterada. Solange Almeixa e Xand viajam nesta
terça-feira para fazer um show na cidade de Floriano (PI). Na quarta-feira (19)
a banda retorna ao Ceará, onde faz show no município de Lavras da
Mangabeira, a cerca de 340 km de Fortaleza.
O esquema
A operação
Bloqueio de bens
Há indícios de que os integrantes da organização
forneciam dados falsos ou omitiam informações nas suas declarações de Imposto
de Renda pessoa física e jurídica, para eximir-se da cobrança de tributos.
No decorrer da investigação, foram identificados indícios de lavagem de capitais, falsidade ideológica e associação criminosa.
"As medidas judiciais cumpridas hoje pela
Polícia Federal têm por finalidade buscar a responsabilização das pessoas
físicas e jurídicas ligadas ao grupo empresarial e possibilitar que Receita
Federal se municie de elementos suficientes permitindo uma real avaliação dos
possíveis tributos sonegados", informou a PF.
A Receita Federal divulgou que as
investigações iniciaram em 2012 e foram aprofundadas a partir de 2014, com
parceria da Polícia Federal e do Ministério Público.
Fonte: G1/CE