Exportações do agro somam US$ 30,42 bi no quadrimestre
Nos
quatro primeiros meses deste ano, as exportações do agronegócio somam US$ 30,42
bilhões, em alta de 0,2% em relação aos US$ 30,35 bilhões exportados no mesmo
período de 2018.
A oscilação positiva ocorreu em
função da elevação do índice de quantum das exportações, que subiu 5,9%,
enquanto o índice de preço cedeu 5,4%.
Os preços das commodities
agropecuárias, conforme dados divulgados pelo Banco Mundial, subiram 0,82%
neste ano, entre dezembro e abril.
A soja em grão que tem peso de
4% no índice do banco e que representou 31,2% do valor total exportado em
produtos do agronegócio nesses quatro primeiros meses do ano, teve a cotação no
mercado mundial em queda de US$ 380,53 por tonelada para US$ 360,34, no
período.
Nas importações, houve queda de
US$ 4,91 bilhões, entre janeiro e abril, para US$ 4,79 bilhões (-2,5%). Houve
também queda no índice de preço dos produtos importados, de 1,8%, e de 0,7%, no
índice de quantum das importações.
O principal produto importado
pelo Brasil, o trigo, apresentou queda na cotação internacional.
Soja representa 37,9%
Os cinco principais setores
exportadores no primeiro quadrimestre do ano foram: complexo soja (37,9%);
produtos florestais (15,8%); carnes (15,3%); café (5,7%); cereais, farinhas e
preparações (5,1%).
Esses setores foram
responsáveis por 79,8% do valor total exportado em produtos do agro nesses
quatro meses.
No mesmo período do ano
passado, esses setores responderam por 77,2% do valor total exportado. O
complexo sucroalcooleiro deixou o rol dos cinco principais setores exportadores
neste ano.
Complexo soja continua sendo o
principal segmento das exportações. As vendas externas desses produtos foram de
US$ 11,52 bilhões, em queda de 0,6% em relação aos US$ 11,59 bilhões exportados
no mesmo período de 2018.
As exportações de soja em grãos
foram recordes, com US$ 9,50 bilhões (+2,9%), e elevação da quantidade
exportada de 23,5 milhões de toneladas para 26,32 milhões de toneladas
(+12,0%), que também se configurou numa quantidade recorde de embarque de soja
em grão.
O incremento do valor exportado
de soja em grão não foi maior em função da queda de 8,1% no preço médio de
exportação do grão.
O recorde de preço da soja em
grão em primeiro quadrimestre ocorreu em 2013, quando o preço médio foi de US$
534,3 por tonelada.
Já as exportações de farelo de
soja e óleo de soja tiveram queda, -7,2% e -53,5%, respectivamente.
O segundo principal segmento
exportador foi o de produtos florestais. As vendas externas se elevaram de US$
4,64 bilhões entre janeiro e abril de 2018 para US$ 4,82 bilhões no mesmo
período neste ano (+3,7%).
O principal produto exportado é
a celulose, com US$ 3,01 bilhões (+8,5%), cifra recorde da série histórica.
Celulose registra recorde
Houve incremento das
exportações de celulose tanto em quantidade (+2,6%), que foi recorde da série
(1997-2019), quanto no preço médio de exportação (+5,8%), que também foi
recorde da série (1997-2019).
As exportações de madeiras e
suas obras caíram 4,2%, atingindo US$ 1,15 bilhão, enquanto as exportações de
papel tiveram redução de 1,8%, chegando a US$ 653 milhões em vendas externas.
As carnes também tiveram
desempenho positivo no quadrimestre, registrando US$ 4,64 bilhões em alta de
3%. A principal carne exportada foi a de frango.
Foram vendidas ao exterior US$
2,08 bilhões com expansão na quantidade (+0,6%) e no preço médio (+4,2%).
As exportações de carne bovina
foram de US$ 2,01 bilhões (+3,2%). O volume exportado foi o segundo melhor da
série histórica, com 537,9 mil toneladas (+11,7).
Somente em 2007 o Brasil
exportou quantidade maior no primeiro quadrimestre, quando chegaram a 562,8 mil
toneladas.
A queda internacional do preço
(-7,6%) impediu incremento maior do valor exportado.
As vendas externas de carne
suína foram de US$ 414,12 milhões (+3,8%) enquanto a de peru teve desempenho
negativo (-56,4%), com US$ 20,48 milhões em exportações.
Trata-se do pior valor
exportado neste século, no período em análise, para as exportações de carne de
peru.
As exportações de café foram de
US$ 1,75 bilhão entre janeiro e abril (+7,2%). A quantidade de café verde foi
recorde nos quatro meses. Foram 722,5 mil toneladas vendidas (+32,2%).
A queda do preço médio para US$
2.160 por tonelada (-17,4%) impediu aumento mais expressivo do valor exportado.
O preço médio do café verde já
esteve em US$ 4.414 por tonelada em 2012, um recorde da série histórica (1997 a
2019) para o período.
As vendas externas de café
solúvel caíram para US$ 170 milhões (-1,7%), mesmo com o volume recorde
exportado para o primeiro quadrimestre, com 27,5 mil toneladas (+14,9%). A
queda foi de 14,5% no preço médio.
O quinto maior segmento, o de
cereais, farinhas e preparações teve crescimento expressivo em relação ao mesmo
período de 2018 (+43,7), atingindo US$ 1,55 bilhão.
O principal produto foi o
milho, com exportação de US$ 1,23 bilhão (+54,8%) em volume de 7 milhões de
toneladas (+40,9%).
Quase metade vai para Ásia
As exportações do agro
cresceram para blocos econômicos e regiões geográficas: Ásia (+4,1%); Oriente
Médio (+14,1%); Europa Oriental (+20,2%); demais da Europa Ocidental (+1,1%); e
Oceania (+47,1%).
O destaque ficou por conta da
Ásia, região que adquiriu quase metade do valor exportado pelo Brasil em
produtos do agronegócio.
As vendas para a região
chegaram quase a US$ 14,92 bilhões (+4,1%). Com tal crescimento, a participação
da região aumentou 1,9 ponto percentual.
Outra região que teve
incremento relevante de participação nas aquisições de produtos do agronegócio
brasileiro foi o Oriente Médio.
A participação da região subiu
de 7,3% do valor total exportado para 8,3%, um ponto percentual.
Saldo de US$ 7,36 bi no mês
No mês de abril, as exportações
do agro atingiram US$ 8,57 bilhões, o que representou queda de 2,4% em relação
aos US$ 8,79 bilhões no mesmo período de 2018.
A participação no total das
exportações brasileiras decresceu 1,1 ponto percentual no período, chegando a
43,5%.
As importações do setor
totalizaram US$ 1,21 bilhão no mês, o que significou retração de 6,7% ante o
US$ 1,3 bilhão em abril de 2018.
Como resultado, o saldo da
balança comercial do agronegócio diminuiu de US$ 7,49 bilhões para os atuais
US$ 7,36 bilhões (-1,7%).
Em 12 meses, US$ 101,75 bi
As exportações brasileiras do agronegócio foram de US$ 101,75 bilhões nos últimos 12 meses (+4,7%). O maior valor da série ocorreu entre março de 2018 e fevereiro de 2019, quando o país exportou US$ 102,72 bilhões.
Fonte:
RuralNewsMS