Valor Bruto da Produção deve cair para R$ 31,1 bilhão em MS neste ano
Previsão é 5% inferior ao ano passado
A estimativa para o
Valor Bruto da Produção (VBP) deste ano é de R$ 31,1 bilhão em Mato Grosso do
Sul. Os dados são do Minsitério da Agricultura (Mapa) divulgados ontem. A
previsão é 5% inferior ao obtido no ano passado que ficou em R$ 32,7 bilhões.
As lavouras devem ter rendimento de R$ 20,3 bilhões, diante de R$ 22,1 bilhão
de 2018.
No País a estimativa é de R$ 588,8 bilhões, 0,8% maior do que no
ano passado 2018, quando foi de R$ 584,3 bilhões. As lavouras representam R$
392,4 bilhões e a pecuária, R$ 196,4 bilhões. As previsões indicam crescimento
de 2,6% para a pecuária e estabilidade para as lavouras.
Os preços agrícolas de diversos produtos e a produtividade
agrícola são os principais responsáveis pelos resultados do VBP estimado para
este ano. Para a maior parte dos produtos analisados os preços reais estão
acima dos do ano passado e alguns apresentam recuperação.
Os dados mostram que milho, algodão, laranja, feijão e
batata-inglesa apresentam as maiores taxas de crescimento real no valor. Feijão
e batata-inglesa lideram os aumentos de valor com 105,1% e 98,4%,
respectivamente. O algodão alcança o valor mais elevado na série estudada, R$
40,3 bilhões.
Este valor supera em duas vezes o da produção do café, que pelo
terceiro ano consecutivo tem redução, destaca José Gasques, coordenador geral
de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícolas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os produtos que têm apresentando pior desempenho são arroz, com
queda de 8,4% do VBP, café (-19,6%), cana-de-açúcar (-6,3%), mandioca (-4,2%) e
soja (-12%). Na pecuária, suínos, leite e ovos também têm apresentado redução
de valor em relação a 2018.
Os resultados regionais mostram que o Centro-Oeste e o Sul lideram o VBP, vindo a seguir, Sudeste, Nordeste e Norte. Os estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são responsáveis por 59,4% do VBP do país e por 89% do valor das lavouras.
Fonte:
Correio do Estado