Justiça condena a 24 anos assassinos de radialista em MS
Após 15
horas de julgamento, o plenário do Tribunal do Júri da comarca de Sonora
condenou por 24 anos de reclusão, em regime fechado, os réus Gelson da Silva e
Denisson Ney da Silva Santos, pelo assassinato do ex-radialista Simião da
Silva, de 43 anos, com 17 golpes de facadas.
Os juízes populares reconheceram, a pedido do Ministério Público
do Estado de Mato Grosso do Sul, as circunstâncias da emboscada e do meio
cruel. O Juiz de Direito, Francisco Soliman, aplicou a pena de 12 anos de
reclusão para cada réu, pela prática do crime de homicídio duplamente
qualificado.
De acordo com o Promotor de Justiça, responsável pela acusação
em plenário, Marcos André Sant´Ana Cardoso, afirmou que as provas produzidas no
autos eram robustas e demonstraram o conspiração dos réus para matar a vítima.
A motivação do crime foi o desaparecimento de cerca de 90 porções de droga da
casa de Gelson, fato supostamente atribuído a Simião. Ele ainda explicou que, o
homicídio foi duplamente qualificado, porque foi praticado por emboscada e meio
cruel.
O júri reconheceu a emboscada, que tornou o homicídio em questão
hediondo, já que os réus se esconderam no interior da casa da vítima, inclusive
diminuindo a visibilidade, uma vez já que quebraram a lâmpada do quarto em que
se esconderam.
O Tribunal do Júri também decidiu absolver os réus pelo crime de
corrupção de menores, acatando a argumentação do advogado de defesa, Antonio
João Rodrigues, de que o adolescente já estava corrompido na ocasião do crime,
já que ostentava diversas passagens pela polícia e, atualmente, sendo maior
idade, encontra-se preso por roubo no Estado de Alagoas.
Caso
Gelson da Silva, de 20 anos e Denisson Ney da Silva Santo, de 23
anos, junto com um adolescente, no dia 03 de abril de 2015, assassinaram o
ex-radialista da cidade de Sonora Simião da Silva, com 17 golpes de facadas.
Cada um dos agressores se armou com uma faca e se dirigiram para
a casa da vítima, por volta das 5h, que não estava no local. Os autores
ingressaram no imóvel e quebraram a lâmpada de um dos quartos, para esperarem a
vítima escondidos no escuro. No momento em que Simião chegou, foi atacado pelos
réus e pelo adolescente. A vítima faleceu em decorrência de 17 golpes de faca.
Logo após matarem Simião, os condenados esconderam as armas e foram se divertir
em uma peixada na casa do padrasto de Gelson.
Fonte: Dourados News