Na segunda noite do Festival de Inverno de Bonito, Almir e Renato mostram porquê parceria perdura há 30 anos

Enquanto Almir Sater se acomoda em um tablado com uma mesa de som e seis violas, Renato Teixeira senta em um banquinho alto e branco, com uma mesinha na mesma altura ao lado com uma garrafa de água e um copo. Os dois entram no palco sem muito alarde, se posicionam e simplesmente começam a cantar. As vozes encaixam tão bem quanto as letras e melodias que eles colecionam em mais de 30 anos de parceria em composição. E na noite desta sexta-feira, durante o show no 19º Festival de Inverno de Bonito, Almir e Renato mostraram para o público porquê essa parceria se estende há tantos anos. A resposta ficou muito clara: seria possível perder as horas ouvindo os dois amigos cantarem o peculiar folk caipira que traduz o projeto +AR.

Depois da primeira música, a dupla cumprimentou o público e Renato brinca sobre a parceira em composições que já perdura há tantos anos, mas que só agora levou os dois a subirem em um palco juntos com um show montado. “Primeira vez que a gente resolve vir para o palco cantar juntos. E a primeira vez a gente nunca esquece. São anos de parceria, mas nunca em cima de um palco”, diz.

E o show continuou, entre cantos, contos e causos. Entre uma música e outra, ora Almir, ora Renato, paravam para contar uma história dos dois, assim como fazem velhos amigos.

Durante o show, eles relembraram Zé Trovão e do palco fizeram o público cantar o hino do emblemático personagem de Almir.

Outro momento que fez o público turbinar os pulmões foi quando Almir e renato cantaram “Rei do Gado”. “A gente tinha combinado de cantar só música nossa, mas não aguentamos, tivemos que cantar essa”, comentou Almir.

O show seguiu no mesma toada, em um clima incrivelmente aconchegante, apesar da noite fria que fazia em Bonito, em torno de 13ºC. Sem sair do lugar e de um jeito bem simples, Almir e Renato preenchiam cada espacinho do palco com a musicalidade caipira.

Quase no final do show, cantaram os clássicos “Romaria” e “Tocando em Frente” e o coro do público já indicava que a despedida não seria tão fácil assim. Eles pararam e o povo pediu bis. Sem nem deixar o palco, os amigos prosseguiram a cantoria.

Foram mais três músicas e, para encerrar com chave de ouro a apresentação, Renato preparou uma surpresa para os bonitenses. Recentemente, o compositor fez uma música em homenagem à cidade e encerrou o show do segundo dia de Festival de Inverno cantando: “O grito das arapongas a calma das águas claras, a luz que deixa tão lindo o verde que aqui se espalha. Eu digo muito bonito, Bonito das águas limpas, Bonito das águas mansas, a paz que aqui se declara… Bonito é, Bonito é… bonito!”

Fonte: Midia Max

Categoria:Música

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