Justiça nega recurso e réus da boate Kiss vão a júri popular
A maior tragédia na história do Rio
Grande do Sul está se aproximando de seu desfecho. Ontem, a Justiça decidiu que
os quatro réus do caso do incêndio da boate Kiss, ocorrido em janeiro de 2013 em
Santa Maria, irão a júri popular. Por maioria, foram retiradas as
qualificadoras do crime – motivo torpe (por ganância) e meio cruel (mortes por
fogo e asfixia). Assim, Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, e Mauro Londero
Hoffmann, sócios da boate; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda
Gurizada Fandangueira, e Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor do conjunto,
são acusados de homicídio simples pelos 242 mortos e por tentativa de homicídio
dos 636 feridos.
A decisão não foi unânime. Um dos
desembargadores votou contra levar o caso ao Tribunal do Júri.
Os familiares das vítimas presentes no
julgamento comemoraram a decisão. Ainda não há data para o julgamento porque
haverá recursos pela defesa. O primeiro será o advogado de Hoffman, Mário
Cipriani.
“Eles nunca quiseram matar alguém. Eles
também perderam amigos. Jamais pensaram que o incêndio poderia acontecer”,
ressaltou.
Fonte:
Metro Jornal