A produção de
grãos no país na safra 2024/25 tende a registrar um aumento de 35,4 milhões de
toneladas sobre o ciclo anterior, e deve chegar a 332,9 milhões de toneladas. O
volume, se confirmado, configura um novo recorde para a série histórica da
Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). A área cultivada também deve
crescer em torno de 2,2%, estimada em 81,7 milhões de hectares, assim como a
produtividade média das lavouras, que tende a apresentar uma recuperação de
9,5% projetada em 4.074 quilos por hectare. Os dados estão no 8º Levantamento
da Safra de Grãos 2024/25 publicado nesta quinta-feira (15) pela Companhia.
Dentre os
produtos cultivados, a soja se destaca com a estimativa de um volume a ser
colhido de 168,3 milhões de toneladas, a maior já registrada para o grão na
história do país. A colheita da oleaginosa já chega a 98,5% da área semeada,
sendo que nos estados do Centro-Oeste, Sudeste, Paraná e Tocantins os trabalhos
já foram concluídos. Em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia,
Rondônia e Tocantins, as produtividades alcançadas foram recordes da série
histórica da Conab. Esses ótimos rendimentos foram reflexo de condições
climáticas favoráveis e do alto grau de profissionalismo dos produtores.
Outra cultura
importante na safra brasileira, o milho tem produção total estimada em 126,9
milhões de toneladas, crescimento de 9,9% em relação à temporada 2023/24. A 1ª
safra do grão tem a colheita finalizada em 77,6% da área semeada, com
estimativa de produção em 24,7 milhões de toneladas. Já a 2ª safra do cereal
apresenta a semeadura concluída. A Conab espera uma produção em torno de 99,8
milhões de toneladas. As boas condições climáticas nas principais regiões
produtoras vêm favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e
enchimento de grãos.
No caso do
arroz, importante produto na alimentação dos brasileiros, a expectativa é de
uma produção de 12,1 milhões de toneladas, incremento de 14,8% em relação ao
ciclo anterior. O bom resultado é reflexo de uma maior área semeada, atingindo
1,7 milhão de hectares, combinado com uma melhora de 7,4% na produtividade
média das lavouras, chegando a 7.071 quilos por hectare. Para o feijão, a
expectativa da Conab é que ao final das três safras da leguminosa sejam
colhidas 3,2 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento interno.
Outro produto
de destaque na segunda safra, o algodão também registra a semeadura finalizada,
com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 7,2% sobre a
safra de 2023/24. Para a produção, é esperada uma colheita de 3,9 milhões de
toneladas da pluma, 5,5% acima do volume produzido na safra anterior. O
comportamento climático nos principais estados produtores vem favorecendo as
lavouras, que se encontram desde o estágio de floração até o de início da
colheita.
Dentre as
culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos estados do
Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná. Os trabalhos de plantio já atingem 26% da
área prevista para o cultivo do grão no estado paranaense. No Rio Grande do
Sul, a semeadura ainda não foi iniciada. A estimativa de produção da Conab para
o cereal indica um volume de 8,3 milhões de toneladas para a safra 2025,
crescimento de 4,6% sobre o ciclo passado.
Mercado – Neste levantamento, a Conab fez
ajustes no quadro de suprimento de milho. Estima-se uma expansão do consumo
nacional do grão para 89,3 milhões de toneladas na safra 2024/25. Essa revisão
foi realizada com base na perspectiva de crescimento da produção de etanol
milho, em meio à maior disponibilidade interna do grão no segundo semestre de
2025. As exportações foram mantidas em 34 milhões de toneladas e o estoque
final da safra foi ajustado para 7,1 milhões de toneladas.
No caso da
soja, a perspectiva de uma produção recorde na safra da oleaginosa possibilita
um ligeiro aumento nas exportações, se aproximando de 106 milhões de toneladas.
Fonte: Conab

