Pecuaristas de MS defendem "vale carne" de R$ 35

Ideia já está há seis meses em análise e prevê voucher para compra de até um quilo e meio de carne

Depois de seis meses, pecuaristas de Mato Grosso do Sul pressionam por respostas sobre a ideia enviada ao governo federal para a criação de um "vale carne". Em setembro do ano passado, eles entregaram ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a proposta do “Programa Carne no Prato”.

Até agora o projeto era guardado em segredo.  Foi elaborado diante da queda no consumo e preço da arroba do boi em baixa.

Os pecuaristas defendem subsídio para até um quilo e meio de carne por mês às famílias. O valor ficaria em cerca de R$ 35, primeiro para inscritos no CadÚnico e Bolsa Família. Com o vale na conta, a pessoa poderia usar o cartão em açougues ou supermercado conveniados.

Em nota, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) explica que em 2023 as vendas de carne bovina caíram ao menor nível de 20 anos. "O Brasil atingiu 24,2 quilogramas (kg) por habitante, o menor nível desde 2004. Segundo relatório divulgado pela Agência Brasil, foi o quarto ano seguido de queda no consumo  por habitante", garante a entidade.

Na justificativa da Associação, o apoio do Governo Federal poderia colaborar com toda a cadeia produtiva e com o Estado, melhorando a produção, criando emprego na indústria e aumentando a arrecadação

"Numa contabilidade simples, isso geraria uma demanda por 2.350 milhões de cabeças de gado por ano, ou seja, 8% dos animais atualmente abatidos por ano no Brasil. A nova demanda com o programa seria de 475 mil toneladas de carne bovina por ano. No ano passado, o Mato Grosso do Sul exportou 174 mil toneladas. Ou seja, a nova demanda representa duas vezes e meia a quantidade exportada pelo MS em um ano", sustenta a Acrissul.

Essa quantidade de carne seria suficiente para distribuir vouchers a 19,5 milhões de pessoas. Atualmente, segundo o ministro Paulo Teixeira, o projeto segue em analise pela Casa Civil e Ministério do Desenvolvimento Social.

Fonte: Campo Grande News

Categoria:Agronegócio

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