Acusação convoca Marrone em processo contra Eduardo Costa

Ainda não há previsão de data para o depoimento, que deve ser feito por meio de uma carta precatória em Goiânia

O advogado Arnaldo Soares, que defende um casal que processa o cantor Eduardo Costa, convocou o cantor Marrone, da dupla Bruno e Marrone, para prestar depoimento na ação judicial. Além do sertanejo, o advogado listou outras testemunhas como a mãe adotiva de Eduardo Costa, o cunhado dele, a ex-mulher do cantor, corretores e até a empregada.

Eduardo Costa é acusado pelo Ministério Público Federal de estelionato por ter trocado uma casa na região de Capitólio, no Sul de Minas, por outra no Lagoa da Pampulha, em  Belo Horizonte. O imóvel do sertanejo, avaliado em R$ 6 milhões, foi negociado em troca da residência na capital mineira, que custa R$ 9 milhões. Para quitar o restante do valor, Eduardo teria fornecido bens de luxo, como carros e barcos. 

Entretanto, o terreno no Sul de Minas está em uma área de preservação e corre risco de ser demolido. O casal de idoso que comprou o imóvel em Capitólio entrou na Justiça alegando que o cantor vendeu o imóvel sem avisar que existia dois processos judiciais contra a mansão.

O advogado Arnaldo Soares disse que convocou Marrone por ele ter comprado uma Ferrari avaliada em aproximadamente R$ 1,1 milhão, que estava envolvida na negociação entre as partes. "Antes do casal ver o carro, por questões de dias, o Édson (nome de registro do cantor Eduardo Costa) convenceu eles a venderem mais barata, porque tinha um comprador por R$ 800 mil. Houve uma transação direta entre o Marrone e o Eduardo", explica o defensor.

Soares afirma que convocou Marrone para explicar a compra do veículo, já que a defesa de Eduardo Costa alegou que o carro estava no nome do filho do casal, que mora no Japão. "Isso não bate com a realidade. A transferência foi direta entre eles (Eduardo e Marrone). O depoimento dele é justamente para explicar isso. A gente só soube depois que o carro valia mais de R$ 1 milhão, porque na época disseram que a Ferrari estava em revisão em Uberaba", disse Soares.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), José Roberto Ferreira, nome de registro de Marrone, foi arrolado como testemunha no dia 1º de agosto. Ainda não há previsão de data para o depoimento, que deve ser feito por meio de uma carta precatória em Goiânia. 

Por meio de nota, a assessoria de imprensa de Marrone disse que o cantor ainda não foi notificado e que não se pronunciará sobre o assunto.


Depoimento

No último dia 17 de julho, Eduardo Costa prestou depoimento na Delegacia de Fraudes da Polícia Civil, no bairro Santa Efigênia, região Centro Sul de Belo Horizonte. Ele disse que quando comprou o imóvel em Capitólio, já existia a ação judicial e alegou que não agiu de má fé na venda do imóvel, realizada em 2015. Na época, o delegado Vinícius Dias, responsável pelo Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, disse que, pelo que tinha de provas, dificilmente consideraria que o cantor agiu de má fé na negociação. 

 

Outro Lado

A assessoria do cantor Eduardo Costa informou que "todas as informações referentes ao processo estão nos autos, vale lembrar que o cantor já prestou depoimento para esclarecer os fatos. Sendo assim, não há mais nada a declarar que não esteja em nossa sólida defesa.

 

Fonte: O Tempo

Categoria:Música

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